Apoio extraordinário

Pré-reformados de algumas IC já receberam apoio extraordinário

 

O Crédito Agrícola de Alcobaça foi uma das instituições de crédito (IC) que responderam ao pedido dos Sindicatos para contemplar também os pré-reformados nos apoios concedidos aos trabalhadores. Pelo contrário, dois dos maiores bancos – CGD e BST – recusaram qualquer auxílio.

Face à escalada dos preços, em 2022 muitas Instituições tomaram a iniciativa de atribuir apoios extraordinários aos seus trabalhadores, cada uma adotando o critério que entendeu ser justo.

Por sua vez, os bancários reformados, que tinham sido excluídos do pagamento da meia pensão, vão recebê-la agora, graças ao acordo tripartido entre os três Sindicatos da UGT, o Governo e a Banca.

No entanto, um grupo de bancários, os pré-reformados, devido à sua situação laboral não beneficiaram de qualquer apoio extraordinário, o que levou o SBN, MAIS e o SBC a solicitarem aos bancos que lhes aplicassem as medidas decididas para os trabalhadores no ativo.

Os trabalhadores em situação de pré-reforma são um pequeno grupo de pouco mais de duas centenas no total do universo bancário e representam uma ínfima parte em cada instituição. Na maior parte delas há apenas 1, 2 ou 3 casos.

 

Posições diferentes

As respostas das IC foram díspares. Das boas às reiteradas más práticas.

Houve instituições que aceitaram o repto sindical e incluíram os seus trabalhadores em situação de pré-reforma no apoio extraordinário.

Foi o caso, por exemplo, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém, CRL, que atribuiu aos pré-reformados 750 euros, tal como aos ativos.

Outras, como o Montepio – com somente três pré-reformados –, ainda não se pronunciaram, pelo que os Sindicatos aguardam com expectativa uma resposta positiva.

 

Recusa

Infelizmente, algumas IC recusaram o pedido sindical de apoio extraordinário aos pré-reformados, como a CGD ou o Santander Totta (BST).

Os dois bancos com mais lucros em 2022, respetivamente 843 milhões de euros (mais 44,5% que há um ano) e 568 milhões de euros (mais 90%) mostram-se indiferentes às dificuldades por que estão a passar aqueles que durante anos contribuíram com o seu profissionalismo para que alcançassem a robustez que hoje ostentam.

Em causa estão, no caso da CGD, 70 trabalhadores e, no caso no BST, nove.

As ações ficam com quem as pratica…

 

As Direções

15/03/2023

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