REVISÃO DO ACT DO GRUPO BCP

Atualização Salarial e das Pensões para 2021/2022

Conforme consta no Comunicado n.º 2, de 7 de fevereiro de 2022, após diversas insistências, estes Sindicatos interpelaram por escrito o Presidente da Comissão Executiva do BCP, com vista a que a revisão do ACT do BCP fosse retomada e concluída.

Recorde-se que as negociações foram interrompidas em resultado do plano de reestruturação implementado pelo BCP em meados de 2021, que culminou com a saída de cerca de 800 trabalhadores e com um injustificado despedimento coletivo.

Na sequência da referida iniciativa do SNQTB, SBN e SIB, foram hoje retomadas as negociações. Recorde-se que se trata de uma revisão salarial, mas também do clausulado do ACT BCP

Na reunião com o BCP, além da realização do ponto da situação das negociações e sem prejuízo da revisão do clausulado, foi acordado dar prioridade à revisão salarial, das pensões e cláusulas de expressão pecuniária.

Nessa conformidade, o BCP apresentou uma contraproposta de revisão salarial para 2021 e uma proposta para 2022, a qual será objeto de formalização e fundamentação, nos seguintes termos:

 

Para 2021 Para 2022
  • Atualização das tabelas de 0,5% até ao nível 10 e 0,3% para os níveis 11 a 20;
  • Atualização das tabelas de 0,9% até ao nível 10 e 0,5% para os níveis 11 a 20;
  • Atualização de 0,4% das cláusulas de expressão pecuniária.
  • Atualização de 0,7% das cláusulas de expressão pecuniária.

 

Estas propostas do BCP, apresentadas aos Sindicatos, correspondem a uma perda real de poder de compra dos trabalhadores, tendo em conta que a inflação, em 2021, foi 1,3% e que a previsão para 2022 é de 2,3%.

Além disso, trata-se de uma proposta de atualização salarial desigual, com diferentes percentagens de atualização, procurando dividir os trabalhadores, com aparente benefício de alguns, mas com efetivo prejuízo de todos.

Além disso, trata-se de uma proposta de atualização salarial desigual, com diferentes percentagens de atualização, procurando dividir os trabalhadores, com aparente benefício de alguns, mas com efetivo prejuízo de todos.

Permanecendo por concluir a revisão salarial para 2021 e no atual contexto de incerteza, quer mais uma vez o BCP iniciar o ano sacrificando os trabalhadores, quando informa o mercado que pretende distribuir dividendos e que está na hora de remunerar melhor quem trabalha.

Acresce ainda, que o Banco se apresentou nesta reunião sem cumprir o disposto no n.º 2 do art. 486.º do Código de Trabalho, que impõe que a proposta deve ser devidamente fundamentada. No entanto, o Grupo Negociador do BCP comprometeu-se a remeter a mesma por escrito para estes Sindicatos, por forma a que as respetivas Direções efetuem a sua devida e necessária análise.

Foi agendada nova reunião para a próxima semana, de modo que este processo seja concluído, com a brevidade necessária, mas com a justiça devida.

 

Lisboa e Porto, 4 de março de 2022

As Direções dos Sindicatos

Ver comunicado AQUI