Banca com resultados históricos

Bancários da UGT propõem aos bancos salário extra a todos os trabalhadores

 

Os três sindicatos bancários da UGT (SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal, Mais Sindicato e Sindicato dos Bancários do Centro) enviaram uma carta aos cinco maiores bancos do país, propondo a atribuição de um salário extra a todos os respetivos trabalhadores, pelo facto de o setor ter registado resultados históricos.

Com efeito, até setembro deste ano, os referidos números apontam para 987 milhões de euros para a CGD, 650 milhões para o Milleniumbcp, 638 milhões para o Novobanco, 621 milhões para o Santander e 390 para o BPI.

Estes resultados significam uma rendibilidade de 33,6% para o Novobanco, 21,7% para o Santander, 16,7% para o BCP, 14,7% para a CGD e 13,7% para o BPI.

Uma vez que a obtenção dos resultados enunciados repousa essencialmente no desempenho dos trabalhadores das referidas instituições de crédito, afigura-se da mais elementar justiça que sejam compensados e reconhecidos pelo abnegado esforço em prol dos bancos onde laboram.

Tendo já o SBN, o Mais Sindicato e o SBC felicitado aquelas instituições pelos resultados históricos obtidos, a referida proposta é concreta e ponderada: o pagamento a todos os seus trabalhadores de uma prestação de valor idêntico à retribuição mensal.

Os cinco bancos têm, desta forma, a oportunidade ideal para reconhecer com justiça o desempenho dos principais artífices dos seus resultados, uma vez que só com o respetivo empenho, dedicação e profissionalismo foi possível alcançar aqueles números de excelência.

Este repto lançado pelos referidos sindicatos aos cinco bancos mencionados vai, todavia, mais longe, estendendo-se a todas as outras instituições de crédito, uma vez que todos os bancos, cada um à sua medida, tiveram lucros. Portanto, não é demais repetir: o desafio é para todos. Que nenhum se exima às suas responsabilidades, que englobam, com a atitude pretendida, os elevados valores da ética, da justiça e da moral social. Os bancários merecem. Portugal merece ver estes valores plasmados no setor que é a coluna vertebral do desenvolvimento do país.

Sublinhe-se que aqueles trabalhadores e seus agregados familiares têm vindo a perder sistematicamente poder de compra ao longo de mais de uma década, em consequência de aumentos salariais que não acompanham a subida da inflação, e também ao aumento da taxa de referência do Banco Central Europeu, o que, consequentemente, agrava as prestações do crédito à habitação.

Por último, saliente-se que a proposta sindical em causa suscita uma rara oportunidade de os bancos mostrarem verdadeiramente que estão ao lado dos seus trabalhadores.

 

As Direções

13/12/23

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