Somam-se os exemplos de comportamentos falaciosos do Banco na relação com os Sindicatos dos Bancários da UGT. MAIS, SBC e SBN exigem o cumprimento do ACT, sob pena de avançarem para outros patamares ou instâncias.

MAIS, SBC e SBN têm procurado manter com todas as IC um diálogo constante e construtivo, sob a premissa de resolver os problemas dos seus sócios, com celeridade e paz social. A experiência de décadas consolidou a prática de dar prioridade à negociação em detrimento do conflito, contrariamente à postura demagógica de outros.

Acontece que nos últimos três anos o relacionamento institucional entre estes Sindicatos e o Montepio tem sido claramente um faz de conta. E embora muito tenham feito para evitar o confronto, o desrespeito pelos trabalhadores e, consequentemente, por estes Sindicatos, já não tem qualquer justificação e tornou-se inadmissível manter o atual estado de coisas.

MAIS, SBC e SBN sempre reclamaram, e não é muito, que fossem auscultados antes de o Banco tomar medidas relativas aos trabalhadores, de forma a darem os seus contributos e, num diálogo construtivo, evitar males maiores.

Dito e não feito

Mas este ano foram ultrapassados todos os limites. Vejam-se alguns exemplos:

• Em janeiro o Montepio solicitou uma reunião aos Sindicatos para a apresentação da fase final do Programa de Ajustamento e requereu um novo protocolo SAMS para os trabalhadores que aceitassem a RMA;
• No mesmo dia os Sindicatos manifestaram a sua disponibilidade para analisar essa opção. E, após estudarem a questão, enviaram um email ao Banco com a sua proposta de protocolo;
• O Banco não respondeu à proposta dos Sindicatos, mas em 22 de fevereiro anuncia aos trabalhadores as condições do Programa de Ajustamento, prevendo a manutenção do SAMS em caso de RMA – o que não era verdade;
• Ainda naquela reunião de janeiro, e porque o Montepio teima em não responder às questões colocadas, estes Sindicatos solicitaram mais uma vez esclarecimentos sobre um tema da sua exclusiva competência, porque decorre do ACT: Equidade Salarial e Progressão de Carreiras. A resposta do banco foi de que os Sindicatos enviassem carta a pedir reunião para tratar o assunto! Apesar do absurdo, os Sindicatos anuíram… e passados todos estes messes, nenhuma resposta chegou. Mas, em contrapartida, o Banco informou outra ERT, que nem sequer tem competência para discutir o assunto.

E por fim…

• O Montepio agenda uma reunião para 24 de maio para dar início às negociações diretas de revisão do seu ACT, nomeadamente a discussão da atualização salarial. Mas na véspera, estes Sindicatos são confrontados com um comunicado aos trabalhadores informando-os da decisão unilateral de aumentar os salários em 3%.

Tudo isto é grave, porque reflete o desrespeito por estes Sindicatos e o desprezo pelo diálogo social. O que se passa na gestão de recursos humanos do Montepio?

Manter negociações

Depois de há meses ter respondido à proposta de 8,5% dos Sindicatos com uma contraproposta de 2,5% de aumento, o Banco antecipa-se à negociação e aplica um acréscimo salarial de 3%, percentagem pelos vistos já consensualizada com outras estruturas. Ou seja, a reunião de dia 24 serviu apenas para se cumprir um pró-forma.

MAIS, SBC e SBN recusam-se a acreditar na palavra do Montepio, já que frequentemente apregoa uma coisa e pratica outra.

No entanto, estes Sindicatos não desistem do processo negocial e por isso insistirão numa próxima reunião, ainda não agendada, confiantes de que a Administração do Montepio saiba reconhecer a justiça das reivindicações e reveja a sua proposta de atualização salarial, demonstrando respeito pelos trabalhadores e pelos Sindicatos.

Estes Sindicatos irão manter a postura de sempre à mesa das negociações – pautando-se pela honestidade e frontalidade – na defesa dos interesses dos trabalhadores e pugnando pelo cumprimento do ACT em vigor, adiantando desde já que se tal for necessário recorrerão para outros patamares ou instâncias.

Os associados do MAIS, SBC e SBN serão informados da evolução da mesa negocial, pelo que devem estar atentos aos comunicados enviados.

As Direções

29/05/23

Consulte aqui o COMUNICADO