MAIS Sindicato, SBN e SBC: o sindicalismo exige seriedade
Não temos por hábito reagir a dislates provocativos ou discursos inflamados para desviar a atenção do que é realmente importante. Essa não é a nossa postura, nem nunca foi. Mas há situações que ultrapassam as regras do bom senso e até de um duvidoso excesso na rivalidade sindical.
Quando o antagonismo rancoroso atinge a honra, o bom nome e o trabalho sério e honesto desenvolvido ao longo dos anos em defesa dos bancários não podemos deixar passar em branco.
O recente comunicado do SNQTB exige uma resposta clara e frontal. Não reagir seria compactuar pelo silêncio com as mentiras ditas sem pudor e admitir erros que não cometemos. Os bancários merecem a verdade. Eles saberão distinguir a mentira da verdade, o trabalho realizado para eles dos fogos fátuos de um sindicalismo vazio.
Os sindicalistas que hoje nos acusam de “trair os bancários” deveriam olhar para o espelho antes de dispararem as suas críticas hipócritas. É lamentável que organizações corroídas, como o SNQTB, recorram a ataques rasteiros e deturpem a verdade apenas para mascarar a sua própria incompetência no setor bancário.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro: os acordos que assinamos não são fruto de precipitação, mas de responsabilidade e compromisso com os bancários. Diferente de quem só aparece para fazer espetáculo e gritar slogans vazios, nós temos um histórico de conquistas, mesmo em cenários de incerteza económica e tensão geopolítica global.
Esse sindicato, que agora se arroga guardião dos interesses dos bancários, deveria explicar porque ficou de braços cruzados em momentos cruciais, tentando justificar a sua fraqueza com discursos derrotistas. Qual é a moral para atacar acordos que conseguimos negociar face a uma conjuntura difícil, mas sempre dando prioridade à estabilidade e aos direitos dos trabalhadores?
Os supostos “especialistas” do referido sindicato parecem viver num mundo de fantasia, onde é possível adiar decisões indefinidamente e esperar que o contexto económico e político se resolva magicamente. Esse tipo de irresponsabilidade é um risco grave para os bancários, que não podem ser sacrificados em nome de ilusões de grandeza de um sindicato.
Com que legitimidade pode o SNQTB reivindicar a defesa da classe quando, numa reunião em Coimbra, diante de todos os Sindicatos da banca, o seu presidente declarou que a sua direção havia decidido, por unanimidade, convocar uma greve geral de três dias, apenas para, poucos dias depois, apressar-se a aceitar um aumento de 3% para 2024, à revelia das pretensões de todos os sindicatos, incluindo o mesmo?
Que autoridade moral possui esse sindicato para promover manifestações de caráter meramente performativo, como o ‘espetáculo’ no Tagus Park, com um número reduzido de participantes, enquanto alardeava que não aceitaria menos de 5,8% para 2024, apenas para, pela calada, firmar um acordo de 3%, muito antes dos outros Sindicatos? Fica evidente que o objetivo não era defender os trabalhadores, mas sim garantir espaço nas câmaras de televisão.
Sabe-se lá em nome de que interesses obscuros?
E o que dizer desses ‘sindicalistas de fachada’, pagos a peso de ouro pelos sócios do SNQTB, com rendimentos comparáveis aos honorários de CEO do setor bancário? O que fazemos é em prol da nossa classe, sem enriquecer às custas dela ou embolsar ganhos astronómicos todos os meses.
Tal comportamento não é apenas hipócrita, mas um ultraje àqueles que verdadeiramente lutam pelos direitos coletivos. É preciso uma dose incomensurável de descaramento para agir dessa forma e, ainda assim, pretender passar por legítimos representantes da classe bancária.
Por fim, é ridículo ouvir críticas sobre a atratividade sindical para os jovens bancários, quando se trata de uma estrutura que, na prática, vive à sombra dos verdadeiros sindicatos que representam a classe. O Mais Sindicato, o SBN e o SBC têm história, presença e relevância, não vivendo apenas de discursos inflamados.
Acordo a destempo? Traição?
Não. O que existe aqui é trabalho sério e compromisso com quem realmente importa: os bancários e as suas famílias. Aos arautos do caos, que vivem de intrigas e críticas vazias, deixamos um recado claro: enquanto vocês falam, nós agimos. E é isso que sempre nos diferenciará de estruturas que só aparecem para criticar o que não têm capacidade de fazer melhor.
Encerrando com chave de ouro
O SNQTB é sempre tão criterioso e seletivo nas admissões dos seus sócios! Primeiro, analisa com todo o rigor a idade do candidato e a dimensão do agregado familiar – afinal, não querem ninguém fora do padrão ideal. Depois, vem a cereja no topo do bolo: se o associado apresentar encargos consideráveis com despesas de saúde – porque, veja-se bem, saúde é um luxo, não uma necessidade – é elegantemente convidado a procurar os SAMS do MAIS, SBN e SBC.
Um verdadeiro exemplo de como valorizar e cuidar dos seus associados.
Mais Sindicato, SBN e SBC: a força de quem trabalha para os bancários.
As Direções
03/12/24
Consulte aqui o COMUNICADO